Rentrée...

Sim, admito que andei fugido da escrita e não foi apenas por falta de jeito até porque não é preciso jeito para ganhar Nobeis da Literatura. Basta lembrar o portunhol Saramago. Esse grande hombre! A grande desculpa é que às vezes faltam-me ideias e outras vezes surgem em catadupa (qual catarata do Niagara) principalmente quando estou longe de um teclado, e já me esqueci de que existe caneta e papel.

Mas eis que, durante um dos meus passeios vespertinos, reparei nos cartazes de caras e slogans que dizem «Vamos a isso! Merdaleja», «Ao progresso, Picheleira» e outros tais. É verdade! Estamos em anos de eleições. Basta olhar para qualquer jornal ou boletim informativo e reparar nas brilhantes obras que estão a ser acabadas ou que irão fazer, principalmente se forem eleitos.

A simpatia e cordialidade para com os munícipes atingem o expoente máximo na esplanada de qualquer café. Os buracos são camuflados rapidamente e daqui a pouco entram em cena os mercados até então esquecidos...

Pois é, estamos em ano de eleições e a rentrée política faz-se notar a cada momento e em cada esquina.

Mas eu estou vacinado. Ou talvez não!